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AULAS TEÓRICAS

10/03/2017 - APRESENTAÇÃO DO CURSO

          Como escolhi esta disciplina (parte dos meus créditos optativos livres) fora do prazo ideal, tive que esperar o período para solicitar a matrícula por requerimento, o que acabou prejudicando o início do curso, já que comecei apenas na terceira semana de aula. Mesmo assim, pelas discussões nas aulas seguintes, vivência e consulta no material que outros grupos produziram, soube que foi produzido um mapeamento com as práticas corporais nas brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas que: 1) acessaram durante a infância; 2) estão presentes nos bairros onde moram; 3) realizaram nos intervalos escolares; 4) cultivadas pelos membros das suas famílias; 5) que identificam nos desenhos, filmes ou games; 6) experimentaram durante viagens e 7) outras categorias.

          Segue meu mapeamento abaixo:

17/03/2017 - INFÂNCIA E PRÁTICAS CORPORAIS

          Eu ainda não havia iniciado o curso, portanto não pude participar desta aula, mas foi programada uma discussão dos textos "Corpos precarizados que interrogam nossa ética profissional", de Miguel Arroyo e "O ensino das práticas corporais na escola", de Marcos Neira, juntamente com a exibição do curta "Vidas no lixo", de Alexandre Stockler, que pode ser visto logo abaixo:

24/03/2017 - BRINCADEIRA E CULTURA

          Este foi meu primeiro dia de aula em uma turma onde não conhecia ninguém e não sabia o que estaria por vir. Para começar, tive dificuldades, para variar, de encontrar a sala correta e quando chego lá, descubro que a aula estava acontecendo no auditório. Simples... se eu soubesse onde é o auditório. Bom, depois de perguntar para algumas pessoas, chego uns bons minutos atrasados no tal auditório, completamente perdido. 

          Descobri ali que a discussão era a respeito do texto "Brincadeira é cultura", de Ana Carvalho e Fernando Pontes. Ainda não sabia, mas depois percebi que os textos dessa aula e da aula anterior estavam se relacionando na perspectiva da interação do corpo dentro e fora da escola. Para ser mais preciso, minutos após minha chegada, foi apresentado o curta "Brincantes", de Nélio Spréa e Elisandro Dalcin. O curta acompanha alguns alunos e suas práticas corporais dentro de sua escola:

          O professor conduziu uma discussão problematizando alguns aspectos, como a interferência dos adulto, os símbolos e códigos, o ensino-aprendizagem de maneira horizontal, as transformações durante os tempos, as relações de gêneros, a brincadeira e a competição. A respeito das relações de gênero e a competitividade, a autora do texto proposto para esta aula diz:

 

"A segregação típica de grupos de brincadeira, tanto em termos de idade, como de sexo e habilidade, é sugestiva de uma equilibração dos potenciais de confronto, prestando-se assim para manter uma relativa igualdade de habilidade dentro do grupo. Em conjunto com meus semelhantes, torna-se viável um teste continuado de habilidade entre os opositores. No entanto, em determinados casos, quando o grau de habilidade exigida para o desempenho de uma determinada brincadeira é extremamente alto, a estrutura da brincadeira pode ser adaptada para permitir a prática de indivíduos menos experientes, como exemplificam diversos capítulos deste livro."

           Depois, o professor sugeriu que assistíssemos também ao curta "O Fim do Recreio", de Nélio Spréa e Vinícius Mazzon. Abaixo segue a categorização do mapeamento das brincadeiras da aula anterior, pedido no encerramento desta aula:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05/05/2017 - ESPORTE E CULTURA

          Voltamos para a sala de aula um pouco mais que um mês depois, agora já melhor adaptado as dinâmicas de aula e depois de ter vivenciado duas diferentes aulas de práticas corporais. Nessa aula, as discussões se embasaram quatro textos: "Esporte, história e cultura", de Valter Bracht, "Voga esportiva e artimanhas do corpo", de Carmem Lúcia Soares e Leonardo Brandão, "O significado do esporte", de Ricardo Melani e "El deporte moderno", de Roberto Velázquez Buendía.

         O professor usou uma apresentação de slides para auxiliar a problematizar o que é esporte, diferenças entre o lúdico, o jogo e o esporte, o surgimento, o que fascina e quais as condições de transformações do esporte. Segundo o autor de um dos textos propostos para esta aula, Ricardo Melani,"...o esporte não pode ser compreendido como algo que carrega uma essência fixa e imutável, nem como algo isolado e desvinculado da sociedade. Afinal, sua mudança é constante e, como produto social, suas regras, sua ética, seus objetivos, sua organização e, sobretudo, sua prática são balizados pela sociedade. O conteúdo do esporte e seu significado são definidos pela sociedade onde ele é praticado. O esporte, assim como tudo que é criado pelo homem, não é atemporal. É por isso que, no transcurso de sua história, não só mudou de sentido em épocas e culturas diferentes, como foi utilizado por interesses políticos externos à própria prática esportiva." (2010, p. 8 e 9).

          Vimos que o esporte tem seu caráter profissional, é institucionalizado, isto é, possui federações e confederações, de níveis regionais, nacionais e até internacionais, possui regras e uma organização que o torna universal. Sua história está ligada as guerras, aos trabalhos, a excitação, ao espetáculo, onde todas as classes sociais tinham o direito de participar. O esporte tem um grande pode de transformar o contexto que ali existir.

          Foram apresentados os vídeos dos tão violentos e importantes, mas não tão conhecidos, esportes: Buzcashi e o Calcio Fiorentino.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

fonte: https://goo.gl/7M5k1j                                                                                                                                                          fonte: https://goo.gl/pjMeFv          

 

 

          Discutimos como surgiram os esportes, com a intenção educacional, dos bons costumes, que disseminavam o respeito e o convívio com as regras, gerido por um patrocínio do Estado, visando um interesse financeiro vindos das organizações, associações e equipes. Também na pauta da discussão, o fascínio pelo esporte vem de seu caráter competitivo, entre bairros, cidades e países, e pelo poder de superação. O verbo torcer tem origem e sentido explicados nos lenços com suor e choro dos esportistas. As condições para a transformação do esporte envolvem uma complexa relação com a política e com o mercado, nos diferentes níveis hierárquicos em uma burocracia nada simples. Até mesmo por isso, podemos concluir que o poder e o esporte andam de mãos dadas.

          

19/05/2017 - GINÁSTICA E CULTURA

          Infelizmente não pude comparecer as discussões desta aula, onde foram trabalhados os textos "Educação no corpo: a rua, a festa, o circo, a ginástica", de Carmem Lúcia Soares e "A invenção da ginástica no século XIX: movimentos novos, corpos novos", de Georges Vigarello. Clique aqui para ver o registro da aula, feito pelo professor.

02/06/2017 - LUTA E CULTURA

          Esta aula começou com uma breve conversa a respeito dos portfólios, com um foco especial no penúltimo tema discutido, o esporte.Também foi um momento em que pude me ambientar nas discussões da aula anterior, sobre ginástica, por conta da retomada feita pelo professor e a apresentação dos vídeos com vivências em ginástica de antigos alunos, na Escola de Aplicação da USP.

           A respeito da discussão sobre as lutas e a cultura, embasada no texto do próprio professor "Lutas", primeiramente o prof. Dr. Marcos Neira fez um questionamento sobre as experiências dos alunos durante suas vidas com qualquer tipo de luta, e grande parte da sala se manifestou a favor da experimentação de alguma das artes citadas. Vimos que a luta deve ser praticada por duas ou mais pessoas, sempre visando imobilizar, atingir ou desequilibrar o adversário, e que ela pode ter diferentes significados, dependendo da cultura que está inserida, como por exemplo um caráter filosofia (Kung Fu), apenas uma arte marcial (Karatê) ou uma modalidade de combate (Taekwondo), visando o aprimoramento do condicionamento físico, uma diminuição do estresse ou mesmo uma técnica de defesa pessoal. O próprio cinema foi grande responsável, junto com os games, por disseminar, de forma não tão condizente com a realidade, as lutas por todo o mundo. Mesmo com um pé na fantasia, foram responsáveis por propagar alguns conceitos pelo mundo.

           Discutimos concepções antigas a respeito das lutas, como a greco-romana e o sumô, suas inspirações, desde as tradições da Idade Média, sua propagação e sua chegada no ocidente. Um exemplo da ressignificação da luta foi o jiu-jitsu brasileiro, divulgado até então pela família Gracie. O prof. Dr. Marcos Neira menciona em seu texto, proposto para essa aula, que "Os conhecimentos antes restritos à formação dos samurais foram ressignificados para constituir a gestualidade de diversas lutas japonesas, cuja prática passou a ser incentivada, não mais para finalidades bélicas, mas sim pelo seu caráter educativo." (2014, p. 95). A seguir, assistimos um vídeo que mostrava a dinâmica dos katis do kung fu, com um foco especial na tematização feita pelo professor em questão em uma determinada escola.

 

 

 

 

 

 

           

 

 

 

                                                                                                     fonte: http://escolatradicionalwuzhangquan.blogspot.com.br/2013/01/

           Aproveitando este momento, o professor recordou a etnografia que devemos entregar, com o mapeamento, as vivências e ressignificações, o aprofundamento em algum material complementar, a elaboração de uma dinâmica, a ampliação dos conceitos por meio de uma pesquisa e, enfim, uma visita a um lugar propício para a execução deste tema.

23/06/2017 - DANÇA E CULTURA

           A aula teve início com um comunicado a respeito da paralisação do dia 30/06/2017 e, em seguida, uma recordação das vivências da aula anterior, sobre as lutas, e a importância da participação feminina na divulgação delas. Quem conduziu as discussões a respeito da dança e a cultura foi a professora Glaurea Nádia Borges, direcionada por uma apresentação de slides.

           Discutimos que a dança é uma maneira de simplesmente se expressar, por meio de gestos, atribuindo significados a eles. Vimos que a origem da dança possui um significado místico, religioso, desde os tempos primitivos. Mesmo sendo boicotada durante a Idade Média, ganhou os palcos (mantendo uma proposta elitista) e se profissionalizou de maneira racional. Vimos a diferença entre as danças clássicas e modernas, assistimos a coreografia "O Cisne", de Anna Pavlova, e um trecho do filme que conta a história de Isadora Duncan. Assistimos, por fim, uma apresentação de dança contemporânea "Onqotô", do Grupo Corpo.

 

 

 

 

 

 

 

          A professora Glaurea nos apresentou curiosidades da história das danças típicas da região nordeste do Brasil, abordando o Candomblé, o Maracatu Nação, o Maracatu Rural, o Frevo e o Forró. Em seguida, foram apresentadas imagens de práticas corporais, onde deveríamos responder a três questões: Quem, onde e por que dança? Durante este momento, tive um contratempo e, mesmo faltando pouco para as atividades se encerrarem, tive que ir embora.

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